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sábado, 5 de agosto de 2017

II Jornada de Crítica Literária Ecocríticas da UNB, com Álvaro Tukano e Graça Graúna




II Jornada de Crítica Literária 
Ecocríticas: Estados de Natureza 

Datas: 14 e 15 de agosto de 2017 
Local: Auditório do IL, subsolo do ICC Sul


1. Introdução ao evento

         A Natureza já foi vista como o elemento negativo frente ao qual o Humano se afirmava. Sabe-se, hoje, que outras relações são possíveis - é o que mostra a vida e a experiência dos povos indígenas. No plano teórico, passou-se a pensar na Natureza enquanto múltiplo (o "multinaturalismo" de Eduardo Viveiros de Castro) e na inadequação do conceito (a "ecologia sem natureza", de Timothy Morton). Dentro do que chamaríamos de "Cultura", sabe-se que o fundamento do Estado é biológico - seja na relação do conceito de soberania com o animal (em Agamben e Derrida), seja na relação biopolítica do Estado com os seus sujeitos (Foucault). 
       Trata-se ainda, portanto, de repensar o conceito de Estado através de sua relação com o "natural", problematizando os conceitos utilizados. Se, nas teorias do Estado que surgiram na esteira do contato dos europeus com os ameríndios, pensava-se num "Estado de natureza" como ficção explicativa do contrato social, pode-se agora pensar em Estados de Natureza, uma multiplicidade de relações que aproximam e contrapõem o Estado enquanto prática político-policial a uma Natureza múltipla sob constante ameaça. 
       Tais relações múltiplas perpassam o campo dos estudos literários. A consolidação da área da Ecocrítica, nos últimos anos, reafirma a relevância de se discutir as múltiplas relações entre “natural” e humano. Dentro do panorama contemporâneo, devassado pela crise ambiental e por crises humanitárias sem número, a crítica literária tem uma responsabilidade frente ao presente: como pensar uma literatura que se engaja em temáticas que cruzam os campos do Estado e da “Natureza”? 

Promoção:
Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea

Agências financiadoras: FAP-DF e CAPES

Coordenador: Pedro Mandagará (UnB)

Comissão Organizadora:
Anderson Luís Nunes da Mata (UnB)
Leila Lehnen (University of New Mexico)
Patrícia Trindade Nakagome (UnB)
Virgínia Maria Vasconcelos Leal (UnB)

Comissão Científica:
Ana Cláudia da Silva (UnB)
Devair Fiorotti (UERR-UFRR)
Regina Dalcastagnè (UnB)
Vinícius Gonçalves Carneiro (Paris-IV)

Programação e convidados
Dia 14 de agosto
19h – Abertura do evento
19h30 – Literatura e Direitos Humanos
Graça Graúna (UPE) Álvaro Tukano (Memorial dos Povos Indígenas, DF)

Dia 15 de agosto
9h30 – Biopolíticas 
Leila Lehnen (Universidade do Novo México)
Graziele Frederico (UnB)
Paulo Thomaz (UnB)

13h30 – Ecocríticas
Victoria Saramago (Universidade de Chicago)
Antonio Barros de Brito Junior (UFRGS)
Jorge Luiz Adeodato Junior (UFC)

16h – Alteridades 
Lucia Sá (Universidade de Manchester)
Devair Antonio Fiorotti (UERR-UFRR)
Waldson Souza (UnB)

18h – Lançamento das Edições Carolina Lançamentos de livros

2 comentários:

  1. Graça Graúna, estimado Grão, parente intemporal, guê!

    Com o "salve" do idioma tupi para reafirmar meu amor por ti, por tua escrita ameríndia. Todos conhecimentos e todos os conceitos em rios de palavras atravessadas, tranqueiras de árvores adensadas na angústia de tecer acerca da relação humano - natureza - cosmos e o indígena é, sobretudo e desde sempre um ecocêntrico.

    Que nossos ancestrais circulem energia nesse evento em que estará com o parente Álvaro Tukano, conhecedor de mistérios!

    Na nova lua ele virá e a Luz materializará em seu fala e tudo será de uma só vez, pleno e já sem o verbo.

    Gratidão mana!
    Ps.: horas antes de 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.

    Ademario Ribeiro Payayá.

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  2. Blogger Ademario Ribeiro disse...
    Graça Graúna, estimado Grão, parente intemporal, guê!

    Com o "salve" do idioma tupi para reafirmar meu amor por ti, por tua escrita ameríndia. Todos conhecimentos e todos os conceitos em rios de palavras atravessadas, tranqueiras de árvores adensadas na angústia de tecer acerca da relação humano - natureza - cosmos e o indígena é, sobretudo e desde sempre um ecocêntrico.

    Que nossos ancestrais circulem energia nesse evento em que estará com o parente Álvaro Tukano, conhecedor de mistérios!

    Na nova lua ele virá e a Luz materializará em seu fala e tudo será de uma só vez, pleno e já sem o verbo.

    Gratidão mana!
    Ps.: horas antes de 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.

    Ademario Ribeiro Payayá.

    terça-feira, 08 agosto, 2017 Excluir
    Blogger Graça Grauna disse...
    Querido Admario: as suas palavras são um gesto concreto de amizade; digo isto porque você sempre está por perto,à maneira de um anjo bom que envia sua luz. Obrigada pelo carinho.
    Que Nhanderu nos acolha,
    Graça Grauna

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